Entre 7 e 31 de março deste ano, o Hospital de Clínicas reduziu a média de permanência dos pacientes na Emergência de 42h para 25h, em relação a março de 2018, representando uma queda de 40%. No mesmo período, o hospital também diminuiu a média de lotação do setor de 91 para 63 pessoas por dia. O resultado vem de mudanças no acolhimento do paciente, rapidez nas internações, transferências ou altas, maior comunicação entre as equipes assistenciais e agilidade nos exames. “Os resultados trazem a lotação da Emergência do HCPA para um patamar em que a área física e os recursos humanos são compatíveis a um atendimento adequado. É de extrema importância manter este equilíbrio para assegurar a melhor assistência ao paciente”, analisa a Adjunta Clínica da Diretoria Médica, Beatriz Schaan.As ações fazem parte do projeto Lean nas Emergências, uma iniciativa do Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. O projeto tem o objetivo de reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos, aplicando essa metodologia para melhorar o uso dos recursos humanos, espaços e insumos nas instituições. “A meta é garantir que a Emergência cumpra seu verdadeiro papel, recebendo pacientes graves e de alta complexidade, evitando a superlotação que coloca em risco a qualidade e segurança do atendimento”, explica o chefe do Serviço de Emergência do Clínicas, João Carlos Santana.
O Sistema Lean pode ser traduzido como produção enxuta. O consultor do projeto e médico do Hospital Sírio-Libanês Rasível dos Reis Santos enfatiza que não se faz assistência de qualidade sem organização. “Apesar de comum, nenhum profissional de saúde pode ver como normal macas com pacientes nos corredores”, alerta. Conforme Rasível, as instituições que aderiram ao programa conseguiram diminuir em 45% o período de espera entre a triagem e o primeiro atendimento médico.
Fonte: www.hcpa.edu.br
Foto: Clóvis Prates