FundMed foi uma das apoiadoras que ajudaram a custear a viagem dos jovens pesquisadores do ZimmerLab
Os alunos do grupo de pesquisa liderado pelo Prof. Dr. Eduardo Zimmer, pesquisador nas áreas de neuroquímica, comportamento e neuroimagem e Professor Adjunto no Departamento de Farmacologia da UFRGS, participaram, de 31 de julho a 4 de agosto de 2022, do Alzheimer’s Association International Conference (AAIC22), nos Estados Unidos.
A FundMed contribuiu com a viagem dos alunos pesquisadores para o Congresso, a partir do custeio de parte da viagem, uma oportunidade que marcou a vida de 12 estudantes. O grupo de pesquisa teve 11 trabalhos aprovados e recebeu prêmios de inscrição e acomodação financiados pela Alzheimer’s Association, a maior agência de pesquisa em Alzheimer do mundo.
Os alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado que fazem parte do Zimmer Lab foram representar o Brasil no maior e mais importante congresso da área a nível mundial, apresentando “trabalhos que envolvem estudos computacionais, básicos e clínicos sempre visando entender, diagnosticar precocemente e tratar a doença de Alzheimer”, explica o professor Zimmer.
Para a professora Ana Maia, presidente da FundMed, contribuir com projetos como este é investir no potencial dos jovens cientistas brasileiros: “a FundMed, ao abraçar essa causa, exerce a sua principal missão, que é promover o conhecimento e fazer a diferença na vida das pessoas”, salienta.
Uma experiência impactante para os pesquisadores
Giovanna Carello Collar, de 25 anos, está no primeiro ano de doutorado e faz parte do grupo de pesquisa do Zimmer Lab. Ela conta que “foi um privilégio conhecer pessoalmente diversos pesquisadores renomados que, até então, só tínhamos contato através da tela do computador. Ainda, poder compartilhar essa experiência junto dos meus amigos do laboratório foi uma oportunidade única. Foi emocionante ver tantos brasileiros na conferência. Isso me inspira e me motiva a continuar na ciência. Agradeço à FundMed por ter nos ajudado nesse sonho. Às vezes preciso me beliscar para acreditar que tudo isso aconteceu mesmo!”, comemora a pesquisadora.
Lucas Uglione da Ros, estudante de medicina, também teve a sua primeira experiência presencial em um congresso internacional, e se sentiu realizado: “nomes que antes só via em citações dos melhores jornais da área se mostraram abertos e receptivos para tirar dúvidas e discutir achados, o que com certeza abriu caminho para novas parcerias futuras. O Congresso é um ambiente que oferece diversas possibilidades de formar laços profissionais, além de estimular ideias, e o pensamento para desenvolvermos a pesquisa aqui mesmo no nosso laboratório, foi uma experiência inesquecível, não apenas pelas lembranças feitas, mas pelos aprendizados adquiridos”, salienta.
Uma vez que o AAIC22 conta com os maiores pesquisadores do mundo da área de Alzheimer, para a biomédica e mestre em bioquímica, Luiza Santos Machado, a experiência foi maravilhosa e muito enriquecedora, tanto para a sua carreira, quanto para proporcionar o fortalecimento da ciência do nosso país: “foi uma grande oportunidade para divulgar o trabalho de altíssima qualidade que fazemos aqui no Brasil, bem como conhecer o trabalho de cientistas renomados de outros países. Além disso, foi muito emocionante ir para San Diego junto com tantos colegas do Zimmer Lab, que, sem o apoio da FundMed, não poderiam ter participado do evento”, enfatiza.
Christian Limberger, doutorando em Bioquímica, comenta que “estar lá, participar e ver os pesquisadores que a gente tanto admira, que publicam os papers de mais alto impacto, poder conversar com eles e viver a experiência internacional de um congresso científico é muito importante, ainda mais no contexto atual para cientistas e pesquisadores no Brasil, um cenário de cada vez mais cortes de investimentos. Então ter essa oportunidade, em um cenário como este, é muito único”, descreve. Christian ainda pontuou o que, para ele, foi o maior diferencial: “o mais especial foi não ser algo individual. Estavam praticamente quase todos os integrantes do laboratório lá vivendo essa experiência juntos. Isso tem muito peso e é muito singular. Muito obrigado por todo o suporte e por acreditarem no que a gente faz. Esse é um apoio indispensável”, agradece o aluno.
Wyllians Vendramini Borelli, pesquisador que estuda a base neurobiológica da reserva cognitiva e biomarcadores plasmáticos de doença de Alzheimer, conta que o networking entre os participantes do evento foi muito explorado: “todo mundo que foi saiu com duas ou três colaborações, pois é um ambiente muito propício para isso. Todos têm o mesmo objetivo, que é o de diagnosticar melhor, diagnosticar precocemente, tratar e prevenir a doença de Alzheimer. Esse Congresso, de longe, foi um dos que eu mais aproveitei, por causa desta mentalidade das pessoas, de todos irem com um propósito, de termos muitas oportunidades e muita abertura”, enfatiza o cientista.